Marina Silva
nasceu pelas mãos de sua avó,[11] que era parteira, na localidade de Breu Velho,
em Rio Branco, capital
do estado do Acre,
em 8 de fevereiro de 1958. Descendente de africanos e portugueses,[12] foi registrada com o nome de Maria Osmarina
Silva de Souza,[13] sendo filha do seringueiro cearense[11] Pedro Augusto da Silva e da dona de casa[14] Maria Augusta da Silva.[13] O nome Marina, decorrente de um apelido dado
por uma tia, foi acrescentado por ocasião da eleição de 1986, quando os
candidatos ainda não podiam usar alcunhas nos nomes oficiais (um processo
semelhante ao que aconteceu com Luiz Inácio Lula da Silva).
Durante sua
infância e parte de sua adolescência, Marina viveu com sua família em uma
palafita chamada Breu Velho, no seringalBagaço, a 70 km do centro de Rio Branco.[16] Seus pais tiveram onze filhos, dos quais oito
sobreviveram.[11] Em 1967, a família deixou o seringal em Bagaço
para ir a Manaus abrir uma taberna, mas durou pouco tempo. Cinco
meses depois, eles foram a Santa Maria no Pará, onde a situação era ainda pior.
Em 1969, a família voltou para o seringal com a passagem paga pelo ex-patrão do
pai de Marina. Aos 10 anos, Marina Silva começou a trabalhar no seringal para
pagar a dívida que a família contraiu com o patrão.[17]
Quando Marina
tinha quinze anos, a mãe Maria Augusta faleceu vítima de inúmeras doenças
adquiridas pela falta de infraestrutura no local onde viviam.[13]
Aos quinze anos,
foi viver na zona urbana de Rio Branco, para tratar de sua saúde. Havia
contraído hepatite, porém os médicos atestaram ser malária.[13] Na mesma época, duas de suas irmãs faleceram,
uma vítima de sarampo e outra vítima de malária.
Fixou-se definitivamente em Rio Branco em 1974, recebendo os cuidados do então
bispo do Acre, Dom Moacyr Grechi, que a acolheu na casa das
irmãs Servas de Maria.
Em Rio Branco, seu
primeiro trabalho foi de empregada doméstica,
abandonando seu plano inicial de ser freira. Ao longo de sua adolescência e juventude, Marina Silva
teve inúmeros problemas de saúde, tais como malária, contaminação por mercúrio e leishmaniose.[18]
Marina Silva, aos 42 anos, mudou de lado. A militante
católica, que nos anos 80 esteve ao lado do líder seringueiro Chico Mendes na
formação das comunidades eclesiais de base do Acre, converteu-se à Igreja
Evangélica. A mulher que pensava em ser freira e pregava a Teologia da
Libertação, circula pelo Congresso Nacional com a Bíblia a tiracolo, mas agora
com novos princípios religiosos. O livro sagrado transformou-se em uma espécie
de agenda que acomoda suas anotações, bem como os lembretes do dia-a-dia. “Tem
gente que guarda a Bíblia no armário, eu guardo o armário na Bíblia”, brinca
ela, que decidiu assumir publicamente sua nova opção de fé.
A escolha ocorreu, na verdade, em 1997, quando Marina
Silva adoeceu. Acamada, frágil e com a visão e locomoção deficientes, em razão
de problemas neurológicos devido à contaminação com mercúrio, ela previu a
morte. Mas sua recuperação coincidiu com a época em que começou a frequentar a
Igreja Evangélica, por influência de amigos. “Fui em busca de um milagre, mas o
maior milagre foi a experiência que passei a ter da bênção de Deus”, conta.
Alcançada a graça, ela se converteu. Hoje é uma fiel assídua da Igreja Bíblica
da Graça.[24]
O mercúrio esteve presente na trajetória de Marina Silva desde
os 6 anos. A contaminação deu-se depois de ter ingerido um remédio para
curar-se de leishmaniose. Muito tempo depois, ela veio a descobrir que o
medicamento continha um componente tóxico. Esse problema, na verdade, a levou à
primeira opção marcante em sua vida: a candidatura ao Senado Federal. A então
deputada estadual pelo PT do Acre tratava-se da doença em São Paulo, quando
decidiu concorrer ao Senado. Em 1994, encarou a maratona eleitoral a bordo de
um fusca, ano 1986. Marina foi a candidata mais votada, com 63 mil votos.
Depois de um mandato em que elegeu o meio ambiente sua maior bandeira, foi
candidata à reeleição em 2002.
Ingressou no Partido Revolucionário
Comunista (PRC), organização marxista que se abrigava no Partido dos Trabalhadores,
então sob o comando do deputado José Genoíno.[25][26]
Foi professora na rede de ensino secundário e
engajou-se no movimento sindical. Foi
companheira de luta de Chico Mendes e com ele fundou a Central Única dos Trabalhadores (CUT)
do Acre, em 1985, da qual foi vice-coordenadora até 1986. Nesse
ano, filiou-se ao Partido dos Trabalhadores (PT) e candidatou-se a deputada federal, junto com Candidatos do PT nas eleições de
1986: Hélio Pimenta,
candidato a Governador, Chico Mendes, candidato a deputado estadual, Matias, candidato a
Senador. Obtendo o apoio de Chico Mendes. Marina e Chico Mendes não foram
eleitos.[13
Em 1988
foi a vereadora mais votada do município de Rio Branco, conquistando a
única vaga da esquerda na câmara
municipal.[27] No mesmo ano, ocorreu o assassinato de Chico Mendes,
amigo pessoal de Marina.[13] Nesse cargo, combateu diversos privilégios dos
vereadores e devolveu para os cofres da Câmara os benefícios financeiros a que
eles, inclusive ela própria, tinham direito. Com essas ações, muitos
adversários políticos foram criados, contudo a sua popularidade cresceu.[28]
Marina Silva
nasceu pelas mãos de sua avó,[11] que era parteira, na localidade de Breu Velho,
em Rio Branco, capital
do estado do Acre,
em 8 de fevereiro de 1958. Descendente de africanos e portugueses,[12] foi registrada com o nome de Maria Osmarina
Silva de Souza,[13] sendo filha do seringueiro cearense[11] Pedro Augusto da Silva e da dona de casa[14] Maria Augusta da Silva.[13] O nome Marina, decorrente de um apelido dado
por uma tia, foi acrescentado por ocasião da eleição de 1986, quando os
candidatos ainda não podiam usar alcunhas nos nomes oficiais (um processo
semelhante ao que aconteceu com Luiz Inácio Lula da Silva).
Durante sua
infância e parte de sua adolescência, Marina viveu com sua família em uma
palafita chamada Breu Velho, no seringalBagaço, a 70 km do centro de Rio Branco.[16] Seus pais tiveram onze filhos, dos quais oito
sobreviveram.[11] Em 1967, a família deixou o seringal em Bagaço
para ir a Manaus abrir uma taberna, mas durou pouco tempo. Cinco
meses depois, eles foram a Santa Maria no Pará, onde a situação era ainda pior.
Em 1969, a família voltou para o seringal com a passagem paga pelo ex-patrão do
pai de Marina. Aos 10 anos, Marina Silva começou a trabalhar no seringal para
pagar a dívida que a família contraiu com o patrão.[17]
Quando Marina
tinha quinze anos, a mãe Maria Augusta faleceu vítima de inúmeras doenças
adquiridas pela falta de infraestrutura no local onde viviam.[13]
Aos quinze anos,
foi viver na zona urbana de Rio Branco, para tratar de sua saúde. Havia
contraído hepatite, porém os médicos atestaram ser malária.[13] Na mesma época, duas de suas irmãs faleceram,
uma vítima de sarampo e outra vítima de malária.
Fixou-se definitivamente em Rio Branco em 1974, recebendo os cuidados do então
bispo do Acre, Dom Moacyr Grechi, que a acolheu na casa das
irmãs Servas de Maria.
Em Rio Branco, seu
primeiro trabalho foi de empregada doméstica,
abandonando seu plano inicial de ser freira. Ao longo de sua adolescência e juventude, Marina Silva
teve inúmeros problemas de saúde, tais como malária, contaminação por mercúrio e leishmaniose.[18]
Marina Silva, aos 42 anos, mudou de lado. A militante
católica, que nos anos 80 esteve ao lado do líder seringueiro Chico Mendes na
formação das comunidades eclesiais de base do Acre, converteu-se à Igreja
Evangélica. A mulher que pensava em ser freira e pregava a Teologia da
Libertação, circula pelo Congresso Nacional com a Bíblia a tiracolo, mas agora
com novos princípios religiosos. O livro sagrado transformou-se em uma espécie
de agenda que acomoda suas anotações, bem como os lembretes do dia-a-dia. “Tem
gente que guarda a Bíblia no armário, eu guardo o armário na Bíblia”, brinca
ela, que decidiu assumir publicamente sua nova opção de fé.
A escolha ocorreu, na verdade, em 1997, quando Marina
Silva adoeceu. Acamada, frágil e com a visão e locomoção deficientes, em razão
de problemas neurológicos devido à contaminação com mercúrio, ela previu a
morte. Mas sua recuperação coincidiu com a época em que começou a frequentar a
Igreja Evangélica, por influência de amigos. “Fui em busca de um milagre, mas o
maior milagre foi a experiência que passei a ter da bênção de Deus”, conta.
Alcançada a graça, ela se converteu. Hoje é uma fiel assídua da Igreja Bíblica
da Graça.[24]
O mercúrio esteve presente na trajetória de Marina Silva desde
os 6 anos. A contaminação deu-se depois de ter ingerido um remédio para
curar-se de leishmaniose. Muito tempo depois, ela veio a descobrir que o
medicamento continha um componente tóxico. Esse problema, na verdade, a levou à
primeira opção marcante em sua vida: a candidatura ao Senado Federal. A então
deputada estadual pelo PT do Acre tratava-se da doença em São Paulo, quando
decidiu concorrer ao Senado. Em 1994, encarou a maratona eleitoral a bordo de
um fusca, ano 1986. Marina foi a candidata mais votada, com 63 mil votos.
Depois de um mandato em que elegeu o meio ambiente sua maior bandeira, foi
candidata à reeleição em 2002.
Ingressou no Partido Revolucionário
Comunista (PRC), organização marxista que se abrigava no Partido dos Trabalhadores,
então sob o comando do deputado José Genoíno.[25][26]
Foi professora na rede de ensino secundário e
engajou-se no movimento sindical. Foi
companheira de luta de Chico Mendes e com ele fundou a Central Única dos Trabalhadores (CUT)
do Acre, em 1985, da qual foi vice-coordenadora até 1986. Nesse
ano, filiou-se ao Partido dos Trabalhadores (PT) e candidatou-se a deputada federal, junto com Candidatos do PT nas eleições de
1986: Hélio Pimenta,
candidato a Governador, Chico Mendes, candidato a deputado estadual, Matias, candidato a
Senador. Obtendo o apoio de Chico Mendes. Marina e Chico Mendes não foram
eleitos.[13
Em 1988
foi a vereadora mais votada do município de Rio Branco, conquistando a
única vaga da esquerda na câmara
municipal.[27] No mesmo ano, ocorreu o assassinato de Chico Mendes,
amigo pessoal de Marina.[13] Nesse cargo, combateu diversos privilégios dos
vereadores e devolveu para os cofres da Câmara os benefícios financeiros a que
eles, inclusive ela própria, tinham direito. Com essas ações, muitos
adversários políticos foram criados, contudo a sua popularidade cresceu.[28]
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