Ciro Ferreira Gomes nasceu em Pindamonhangaba, interior de São Paulo, filho do cearense José Euclides Ferreira Gomes Júnior(1918-1996)
e da paulista Maria José Santos (1928-2015).
Em
1961, aos quatro anos de idade, a família Ciro Gomes instala-se em Sobral
(Ceará) onde vivia toda sua família paterna. Seu pai era defensor público e sua
mãe professora. Em Sobral, Ciro Gomes concluiu o curso secundário em uma escola
pública da cidade. [12]
A
família Ferreira Gomes, na cidade de Sobral, sempre foi uma família de pequenos
comerciantes ou funcionários públicos. Em 1975, José Euclides Ferreira Gomes,
mesmo sem militância política foi cogitado para ser prefeito de Sobral em um
momento que a política da cidade se alternava entre as famílias Prado e
Barreto.
Durante o período universitário, Ciro militou no grupo
Habeas-Corpus, de acordo com seu depoimento no livro “No País dos Conflitos”.
Em 1979, disputou as eleições da UNE, onde concorreu para vice-presidente
na chapa Maioria.[16] Em
entrevista dada ao Roda Viva, em 1991, Ciro
afirmou que, no movimento estudantil, se aproximava mais com a esquerda
católica.[17]
Ao
concluir a universidade, tendo alcançado o primeiro lugar no exame vestibular,[18] Ciro
voltou para a cidade de Sobral e
entrou na vida pública aos 23 anos, e se tornou professor universitário e
advogado, e foi quando o pai foi eleito prefeito e o apontou como procurador do
município.[16] Esse
período foi também convidado por José Maria Felix, já como professor da
universidade, para ser comentarista esportivo da Rádio Educadora do Nordeste.
Como comentarista acompanha principalmente o Guarany de Sobra
Ciro disputou sua primeira
eleição em 1982, para deputado estadual, tendo sido o deputado estadual mais
votado na cidade de Sobral, onde obteve 11 600 votos. Foi candidato pelo
PDS, que era o partido do pai. Defendeu nesta eleição o “voto camarão”
(recomendava vereadores, prefeitos e deputados, mas o voto em branco para
senador e governador). Já afirmou que nunca pertenceu à Arena e só se filiou ao
PDS para não entrar na política contra seu pai, que era prefeito e "estava
em marcha sua sucessãoCiro disputou sua primeira eleição em 1982, para
deputado estadual, tendo sido o deputado estadual mais votado na cidade de
Sobral, onde obteve 11 600 votos. Foi candidato pelo PDS, que era o
partido do pai. Defendeu nesta eleição o “voto camarão” (recomendava
vereadores, prefeitos e deputados, mas o voto em branco para senador e
governador). Já afirmou que nunca pertenceu à Arena e só se filiou ao PDS para
não entrar na política contra seu pai, que era prefeito e "estava em
marcha sua sucessão
Em 1983 Ciro Gomes filiou-se ao PMDB e assumiu seu primeiro
mandato de forma ousada, se manifestando inclusive contra o Governador eleito
pelo seu próprio partido, Luís Gonzaga de Mota. Ciro chamou a atenção da
imprensa local por debater questões nacionais, democracia, reformas sociais,
liberdades, e até geopolítica internacional, algo que segundo ele havia sido
deixado de lado pelos políticos do Ceará.[20]
Foi
então que Tasso Jereissati, presidente do Centro
Industrial do Ceará, despontando como uma nova liderança industrial no estado,
conheceu Ciro Gomes e o convidou a participar de conversas particulares e
conferências do CIC. A relação deles se estreitou no ano de 84 durante as
eleições diretas que elegeram Tancredo Neves.
Segundo Ciro, após a morte do presidente eleito ele teria passado a ser
perseguido pelo governador, e então decidiu apoiar o nome de Jereissati para o
governo estadual.[20]
Na
eleição de 1986, quando da sua reeleição, ele apoiou a proposta do grupo
de Tasso Jereissati, que também era candidato pela
primeira vez ao governo do estado, com a intenção manifesta de "derrubar
os coronéis" do estado. Ciro conquistou seu segundo mandato de deputado e
foi convidado por Tasso a exercer a liderança do governo estadual na Assembleia
do Estado do Ceará. Enfrentou as reações dos parlamentares ao enxugamento da
máquina administrativa, e seu esforço foi retribuído com o convite de disputar
a prefeitura da capital do estado, Fortaleza,
dando seguimento à estratégia de isolamento político dos coronéis do Ceará.[20] Mais
tarde, juntou-se ao PSDB.[21]
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