Geraldo José Rodrigues Alckmin Filho nasceu
na cidade paulista de Pindamonhangaba, Vale do Paraíba. É filho
de Geraldo José Rodrigues Alckmin e Míriam Penteado,[18] bem como sobrinho do magistrado José Geraldo Rodrigues de
Alckmin, que foi ministro do Supremo Tribunal Federal.
Segundo a revista Época, Geraldo recebia
formação cristã da prelazia católica Opus Dei, tendo declarado à revista que o
seu tio Rodrigues de Alckmin era membro do Opus Dei e seu pai franciscano.[19]
É casado desde 1979 com Lu Alckmin, com quem
teve três filhos: Sophia; Geraldo e Thomaz.[20] Este último morreu em um acidente de
helicóptero em 2 de abril de 2015 na cidade de Carapicuíba, Região Metropolitana de São
Paulo.[21]
É formado pela Faculdade de Medicina de
Taubaté (ligada à Universidade de Taubaté),
com especialização em anestesiologia pelo Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual.[22][23]
Alckmin filiou-se ao antigo Movimento Democrático
Brasileiro (MDB) aos dezenove anos de idade, quando ainda
estava no primeiro ano da faculdade de medicina. Iniciou a carreira política
elegendo-se vereador no município paulista de Pindamonhangaba em 1972.[24][25] Foi eleito com 1 447 votos, sendo o
vereador mais votado entre os eleitos e o vereador proporcionalmente mais bem
votado da cidade até hoje, com mais de 10% dos votos válidos.[20][26] Alckmin foi escolhido presidente da Câmara Municipal logo
em seu primeiro mandato.[27]
Em 1976, foi eleito prefeito de Pindamonhangaba,
tornando-se o mais jovem prefeito da cidade.[28] Alckmin venceu a eleição por uma diferença de
67 votos.[29] Assumiu o cargo em 1977, seu último ano no
curso de medicina.[20] Já empossado prefeito, nomeou seu pai chefe de
gabinete da prefeitura, o que gerou acusações de nepotismo.[20]
Nas eleições
estaduais de 1982, foi eleito deputado estadual de São Paulo com
96 232 votos
Nas eleições de 1986, Alckmin foi eleito deputado
federal constituinte com 125 127 votos.[31][32] Em 1988,
descontente com os rumos do PMDB, Alckmin, Franco
Montoro, José Serra, Bresser Pereira, Fernando
Henrique Cardoso, Mário Covas e outros dissidentes fundam
o Partido da Social Democracia Brasileira.[26]
Alckmin foi
reeleito deputado federal nas eleições de 1990, desta vez com 55 639
votos, sendo o quarto mais votado dentre os candidatos do PSDB.[31] Neste
segundo mandato, foi autor do projeto que transformou-se na Lei 8078/90,
o Código de Defesa do Consumidor, que apresentou para
apreciação do Congresso em 16 de novembro de 1988.[33] Foi
relator, na Câmara dos Deputados, do projeto que converteu-se na Lei de
Benefícios da Previdência
Social.[32] Também foi
autor de um dos projetos que se converteram na Lei Orgânica da Assistência
Social (LOAS), e relator do projeto de lei que facilita e disciplina a doação
de órgãos para transplantes.[32]
Alckmin foi presidente estadual do PSDB de
São Paulo entre 1991 a 1994.[22] Como presidente do partido, Alckmin fundou
diretórios e atraiu aliados pelo interior do estado.[34]Esse trabalho despertou a atenção de Mario Covas, que o escolheu como seu candidato a
vice-governador nas eleições
estaduais em São Paulo de 1994. A chapa Covas-Alckmin venceu a
eleição, derrotando em segundo turno Francisco Rossi.[34][35]
No primeiro ano de seu mandato, Covas nomeou Alckmin para
a presidência do Programa
Estadual de Desestatização (PED). O PED era um programa
complexo que previa a privatização de importantes empresas estatais e concessão de trechos de rodovias e
ferrovias à iniciativa privada.[36] Naquele momento, o governo do estado passava
por uma grande crise financeira, estando
o Banespa, então o principal banco estatal do estado, sob
intervenção do Banco Central do Brasil desde
31 de dezembro de 1994.[37] O governo também estava impedido de contrair
novos empréstimos e rolar dívidas. O PED foi o único programa estadual que
cumpriu todas as metas de privatização estipuladas pelo governo federal.[38]
Alckmin tornou-se também um dos principais articuladores
políticos de Covas no interior paulista, principalmente no Vale do Paraíba e Litoral Norte, o que
lhe garantiu a permanência como candidato a vice de Covas na campanha para a
reeleição de 1998,
onde ambos foram vitoriosos contra o então candidato Paulo Maluf.[carece de
fontes]
Em 2000,
Alckmin licenciou-se do cargo de vice-governador, e, por indicação de Covas,
foi o candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo.
Semi-desconhecido na capital, partiu de índices de intenção de votos minúsculos
para uma votação de 17,21%, ficando apenas 7 691 votos atrás do segundo
colocado, Maluf (então no PPB), que foi para o segundo turno com Marta Suplicy (PT).[39][40] Marta venceu a eleição,[41] e Alckmin voltou a ocupar o cargo de
vice-governador. Esta foi a primeira eleição que Alckmin foi derrotado.
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